Quando a rede Bitcoin sofre um ataque de transações lixo de 10000 dólares
No verão de 2015, a rede Bitcoin sofreu uma série de ataques de transações indesejadas, que reacenderam o debate sobre o que constitui transações indesejadas na blockchain e como lidar com elas. Ao revisitar essa história, podemos comparar o que aconteceu na época com o que ocorre atualmente e discutir as lições aprendidas.
Este ataque ocorreu nos estágios iniciais da disputa sobre o tamanho do bloco. Os atacantes eram do lado que apoiava a expansão do bloco, acreditando que o limite de 1MB era muito pequeno e que os blocos poderiam facilmente ser preenchidos com transações indesejadas. Na sua perspectiva, o preenchimento dos blocos tornaria os pagamentos em Bitcoin não confiáveis. Eles esperavam aumentar o custo para os atacantes preencherem os blocos, aumentando o tamanho do bloco.
Os opositores ao aumento do tamanho do bloco acreditam que permitir que transações indesejadas sejam registradas rapidamente e a baixo custo não impede os atacantes, mas sim facilita suas ações. Eles argumentam que aumentar o tamanho do bloco reduzirá as taxas de transação, tornando as transações indesejadas mais baratas.
Processo de Ataque
Primeira rodada
No dia 20 de junho de 2015, uma carteira e exchange de Bitcoin chamada CoinWallet.eu anunciou que iria realizar um "teste de pressão do Bitcoin". Eles afirmaram que iriam "gerar 1MB de dados de transação a cada 5 minutos", com o objetivo de acumular transações em 241 blocos, ou seja, 1,67 dias.
Este ataque não teve sucesso como esperado. Os atacantes afirmaram que seus servidores colapsaram após o mempool atingir 12MB, gastando cerca de 2 Bitcoin (434 euros ) como taxa.
Segunda rodada
No dia 24 de junho, a CoinWallet.eu anunciou que lançaria a segunda rodada de ataques em 29 de junho. Este ataque parece ser mais eficaz, alguns usuários reclamam que o Bitcoin se tornou difícil de usar. No entanto, a pool de mineração Eligius de Luke-Jr conseguiu filtrar as transações lixo, gerando blocos muito menores do que as outras pools de mineração.
terceira rodada
No dia 7 de julho ocorreu a terceira onda de ataques. Este foi até agora o mais intenso, causando uma grande confusão na rede. Segundo relatos, os atacantes gastaram mais de 8000 dólares (30 Bitcoins ) em custos. Eles utilizaram várias estratégias para gerar um grande número de transações de lixo, incluindo o envio de transações de baixo valor para carteiras públicas, bem como a exploração de endereços com chaves privadas conhecidas.
A F2Pool integrou essas saídas indesejadas criando uma transação de 1MB, ajudando a limpar a confusão. Gregory Maxwell posteriormente ajudou a F2Pool a otimizar a estrutura da transação, tornando-a mais fácil de verificar.
quarta rodada
Em setembro, a CoinWallet realizou a última "teste de pressão". Desta vez, eles adotaram uma abordagem diferente, anunciando que iriam dar 200 Bitcoins, divulgando a chave privada diretamente no fórum. Isso resultou na geração de mais de 90.000 transações, mas como muitas eram transações em conflito, o impacto não foi tão grave quanto na terceira rodada.
Impacto e Resultados do Ataque
De acordo com um estudo acadêmico, durante um período de 10 dias de pico de transações de lixo, 23,41% das transações eram transações de lixo. Este ataque fez com que a taxa média de transações não-lixo aumentasse em 51%, e o atraso no processamento aumentasse em 7 vezes.
Esses ataques tiveram um impacto técnico e social no Bitcoin:
Os mineradores aumentaram a estratégia de limitação do tamanho do bloco de 250KB ou 750KB para 1MB.
O Bitcoin Core aumentou a taxa de retransmissão mínima em 5 vezes.
Introduziu um limite de pool de memória e um tamanho de pool de memória padrão de 300MB.
Aumentou a divergência no debate sobre o limite do tamanho do bloco.
Esses eventos ajudaram a moldar a percepção das pessoas sobre as transações de lixo no Bitcoin. Embora os apoiantes de blocos pequenos tenham vencido essa discussão, o debate sobre como definir e lidar com transações de lixo continua.
Ao rever esta história, podemos ver que os ataques de transações lixo não são novidades. Em comparação com a situação atual, as intenções maliciosas dos atacantes em 2015 podem ter sido mais claras, mas os custos eram muito inferiores aos de hoje - na altura, cerca de 10.000 dólares causaram um impacto significativo, enquanto recentemente já foram gastos centenas de milhões em supostas "transações lixo". Esta comparação destaca a evolução da rede Bitcoin na resposta a transações lixo, bem como a controvérsia contínua em torno desta questão.
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Revisitar o ataque de transação lixo de 10.000 dólares em Bitcoin em 2015 e seu impacto
Quando a rede Bitcoin sofre um ataque de transações lixo de 10000 dólares
No verão de 2015, a rede Bitcoin sofreu uma série de ataques de transações indesejadas, que reacenderam o debate sobre o que constitui transações indesejadas na blockchain e como lidar com elas. Ao revisitar essa história, podemos comparar o que aconteceu na época com o que ocorre atualmente e discutir as lições aprendidas.
Este ataque ocorreu nos estágios iniciais da disputa sobre o tamanho do bloco. Os atacantes eram do lado que apoiava a expansão do bloco, acreditando que o limite de 1MB era muito pequeno e que os blocos poderiam facilmente ser preenchidos com transações indesejadas. Na sua perspectiva, o preenchimento dos blocos tornaria os pagamentos em Bitcoin não confiáveis. Eles esperavam aumentar o custo para os atacantes preencherem os blocos, aumentando o tamanho do bloco.
Os opositores ao aumento do tamanho do bloco acreditam que permitir que transações indesejadas sejam registradas rapidamente e a baixo custo não impede os atacantes, mas sim facilita suas ações. Eles argumentam que aumentar o tamanho do bloco reduzirá as taxas de transação, tornando as transações indesejadas mais baratas.
Processo de Ataque
Primeira rodada
No dia 20 de junho de 2015, uma carteira e exchange de Bitcoin chamada CoinWallet.eu anunciou que iria realizar um "teste de pressão do Bitcoin". Eles afirmaram que iriam "gerar 1MB de dados de transação a cada 5 minutos", com o objetivo de acumular transações em 241 blocos, ou seja, 1,67 dias.
Este ataque não teve sucesso como esperado. Os atacantes afirmaram que seus servidores colapsaram após o mempool atingir 12MB, gastando cerca de 2 Bitcoin (434 euros ) como taxa.
Segunda rodada
No dia 24 de junho, a CoinWallet.eu anunciou que lançaria a segunda rodada de ataques em 29 de junho. Este ataque parece ser mais eficaz, alguns usuários reclamam que o Bitcoin se tornou difícil de usar. No entanto, a pool de mineração Eligius de Luke-Jr conseguiu filtrar as transações lixo, gerando blocos muito menores do que as outras pools de mineração.
terceira rodada
No dia 7 de julho ocorreu a terceira onda de ataques. Este foi até agora o mais intenso, causando uma grande confusão na rede. Segundo relatos, os atacantes gastaram mais de 8000 dólares (30 Bitcoins ) em custos. Eles utilizaram várias estratégias para gerar um grande número de transações de lixo, incluindo o envio de transações de baixo valor para carteiras públicas, bem como a exploração de endereços com chaves privadas conhecidas.
A F2Pool integrou essas saídas indesejadas criando uma transação de 1MB, ajudando a limpar a confusão. Gregory Maxwell posteriormente ajudou a F2Pool a otimizar a estrutura da transação, tornando-a mais fácil de verificar.
quarta rodada
Em setembro, a CoinWallet realizou a última "teste de pressão". Desta vez, eles adotaram uma abordagem diferente, anunciando que iriam dar 200 Bitcoins, divulgando a chave privada diretamente no fórum. Isso resultou na geração de mais de 90.000 transações, mas como muitas eram transações em conflito, o impacto não foi tão grave quanto na terceira rodada.
Impacto e Resultados do Ataque
De acordo com um estudo acadêmico, durante um período de 10 dias de pico de transações de lixo, 23,41% das transações eram transações de lixo. Este ataque fez com que a taxa média de transações não-lixo aumentasse em 51%, e o atraso no processamento aumentasse em 7 vezes.
Esses ataques tiveram um impacto técnico e social no Bitcoin:
Esses eventos ajudaram a moldar a percepção das pessoas sobre as transações de lixo no Bitcoin. Embora os apoiantes de blocos pequenos tenham vencido essa discussão, o debate sobre como definir e lidar com transações de lixo continua.
Ao rever esta história, podemos ver que os ataques de transações lixo não são novidades. Em comparação com a situação atual, as intenções maliciosas dos atacantes em 2015 podem ter sido mais claras, mas os custos eram muito inferiores aos de hoje - na altura, cerca de 10.000 dólares causaram um impacto significativo, enquanto recentemente já foram gastos centenas de milhões em supostas "transações lixo". Esta comparação destaca a evolução da rede Bitcoin na resposta a transações lixo, bem como a controvérsia contínua em torno desta questão.